Se a Paz tem morada própria, o Golden Temple é onde ela vive

Não exagero se disser que é dos lugares mais impressionantes em que já alguma vez estive.

Se eu tivesse que definir a minha vivência neste lugar numa única palavra, Paz é a palavra que diz tudo. Embora seja uma pessoa sética na forma de pensar, tenho que admitir que este espaço tem qualquer coisa de especial. É impossível ficar indiferente. É impossível não sentir. É forte. Uma energia suave e doce que entranha por dentro de nós e que nos permite estar num estado de plenitude que penso ser preciso experimentar para se saber o que é.

Frio e calor. Nas minhas memórias estas sensações vão permanecer associadas à minha experiência nestes 3 dias no templo. Muito frio, pela localização próxima aos Himalaias, pelo período do ano (Dezembro ) mas sobretudo pelo mármore gelado (muito!) em que caminhávamos descalços à volta do lago, no interior do templo e sempre no sentido horário, seguindo os peregrinos Sikhs enquanto ouviamos os seus canticos e estudavamos formas de capturar boas imagens.

O calor humano era provavelmente a força que sentíamos no ar. A forma como os Sikhs comunicam com o olhar, com a expressão facial e corporal e sobretudo com o sorriso, é linda de se ver e de se sentir. Desarma as nossas defesas e as nossas máscaras sociais e nos faz ser apenas o que somos. Uma sensação que não tem preço…

Descobri um lugar no mundo onde as pessoas são genuínas…

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